As cinco principais notícias desta sexta-feira, 04 de novembro, sobre os mercados financeiros são:
1. Dados de emprego dos EUA deverão mostrar novo avanço
O ministério do Trabalho dos EUA deverá divulgar o payroll não agrícola de outubro às 10h30 desta sexta-feira.
As apostas do mercado apontam que os dados mostrarão a criação de 175 mil vagas, após ter gerado 156 mil em setembro, com taxa de desemprego caindo para 4,9% dos 5% atuais, com média de ganhos por hora trabalhada subindo 0,3% ante ganhos de 0,2% no mês passado.
Um bom resultado de emprego aponta para uma melhora da economia e apoia as apostas de elevação de juros nos próximos meses, enquanto um dado fraco poderá adicionar incertezas sobre o cenário econômico e adiar um possível aperto na política monetária.
Os traders apostam em 71,5% de chance de alta de juros em dezembro, de acordo com a ferramenta Fed Rate Monitor, do Investing.com.
2. Incertezas sobre as eleições dos EUA adicionam volatilidade
Com a eleição presidencial dos EUA do dia 8 de novembro se aproximando, os investidores continuam a reduzir seu apetite por riscos no mercado financeiro.
As pesquisas recentes mostrando redução na diferença entre os candidatos criou dúvidas sobre o resultado da eleição, com os analistas majoritariamente acreditando que uma vitória do candidato republicano Donald Trump sobre a democrata Hillary Clinton trará mais incertezas sobre as futuras políticas econômicas.
Fora do debate sobre se quem será eleito para liderar os EUA terá um efeito real sobre políticas econômicas e ações, o The Earnings Scout alertou que independentemente de quem ganhe as projeções de crescimento no lucro por ação no quarto trimestre e no primeiro trimestre de 2017 estão muito altas.
3. S&P pode entrar na mais longa sequência de perdas desde 1980
O S&P 500 terminou o pregão de ontem com a sua pior sequência de perdas em oito anos com as incertezas sobre as eleições dos EUA, uma semana de balanços mais fracos e com a confirmação de que o Fed deverá elevar os juros em dezembro, além de cautela na expetativa pelos dados do payroll de outubro.
Além da venda de ações, os investidores estão se protegendo do risco com o VIX, conhecido como índice que mede o medo do mercado, também subindo oito dias seguidos, em sua mais longa sequência de alta desde novembro de 2013, de acordo com o analista sênior Howard Silverblatt. Ele também destaca o fechamento de ontem a 22,45, comparada à média histórica de 19,71. Se o S&P fechar em queda nesta sexta-feira, nono pregão consecutivo de perdas, será mais longa sequência desde dezembro de 1980.
4. Petróleo se encaminha para perdas de 8% na semana
O petróleo ensaiava uma leve recuperação nesta sexta-feira após ceder por cinco pregões consecutivos, mas ainda se encaminhava para perdas semanais de mais de 8%, com o aumento recorde dos estoques de petróleo.
O receio sobre a sobreoferta era motivado pelos membros da Opep que insistem no direito de ser excluído de qualquer acordo para limitar a produção, enquanto a extração do cartel bateu recordes históricos no mês passado.
Os investidores estão de olho na produção com a divulgação da contagem de sondas em operação pela Baker Hughes nesta sexta-feira. Na semana passada, a prestadora de serviços mostrou que o número de unidades contratadas cedeu para 441, queda de 2, encerrando uma sequência de oito semanas de alta, de 406 para 443.
Os futuros do petróleo subiam 0,13% para US$ 44,72 às 6h, enquanto o Brent avançava 0,13% para US$ 46,41.
5. Mercados em queda na expectativa dos dados de emprego e eleição dos EUA
Os futuros nos EUA apontam para uma abertura estável antes dos dados de emprego de outubro e com o S&P 500 buscando quebrar sua mais longa sequência de perdas em oito anos antes das eleições. Às 6h03, o blue chip futuros do Dow cedia 0,08%, enquanto o futuros do S&P 500 perdiam 0,04% e os futuros do Nasdaq caíam 0,2%.
As ações europeias cediam nesta sexta-feira, com os investidores cautelosos em meio à incerteza crescente sobre o resultado da eleição dos EUA e as leituras da atividade economia da Alemanha, Itália, França, Espanha e da Zona do Euro em geral vindo pior que o esperado em outubro.
Os mercados financeiros da Ásia fecharam em queda nesta sexta-feira e o dólar acumulando perdas em uma semana marcada pelo aumento das incertezas em relação à eleição presidencial dos EUA.