sábado, 3 de dezembro de 2016

Brasil chora vítimas de acidente com Chapecoense em estádio lotado

Um aguaceiro encharcou milhares de pessoas em Chapecó neste sábado, enquanto velavam 50 caixões no estádio da Chapecoense, equipe que foi quase aniquilada em um acidente aéreo na segunda-feira na Colômbia.
Cheia de bandeiras, a Arena Condá serviu como local de vigília para os moradores. Apenas uma semana atrás, eles se preparavam para torcer e celebrar os feitos do valente time, que subiu de divisões mais baixas nos últimos anos para chegar à final da Copa Sul-Americana.
Ao invés disso, presenciaram a chegada das tropas da Força Aérea, que depois de descarregar os corpos de aviões de carga, levaram os caixões para tendas improvisadas, erguidas no gramado do estádio, onde as famílias das vítimas mostravam seu pesar.
O presidente Michel Temer, que voou de Brasília para Chapecó neste sábado, presidiu uma homenagem mais cedo no aeroporto, onde ofereceu condolências às famílias.
"Esta chuva deve ser São Pedro chorando", afirmou a jornalistas pouco antes de se dirigir à Arena Condá, contrariando programação divulgada na véspera de que não iria ao estádio.
Ele afirmou não ter divulgado a ida para evitar procedimentos de segurança que seriam obrigatórios em função da sua presença, como a revista das pessoas para entrada no estádio.
"Só comuniquei agora para facilitar a vida de todos", disse.
O desastre de segunda-feira matou 71 pessoas, chocou fãs de futebol do mundo inteiro e mergulhou o Brasil em luto. O avião regional BAe146, operado pela companhia boliviana Lamia, havia informado via rádio que estava ficando sem combustível antes de cair numa colina próxima da cidade colombiana de Medellín.
Apenas seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores de futebol da Chapecoense, que iria disputar a primeira de duas partidas da final da Copa Sul-Americana.
Relatos na mídia de que o avião, que circulou por 16 minutos enquanto outro jato fazia um pouso de emergência, não tinha combustível suficiente para imprevistos ultrajaram parentes das vítimas.
O presidente boliviano Evo Morales prometeu tomar "medidas drásticas" para determinar as causas do acidente. A Bolívia suspendeu a licença operacional da Lamia e substituiu a administração da autoridade aeronáutica nacional.
Em Chapecó, dezenas de fãs mantiveram vigília durante uma noite chuvosa no estádio de Chapecoense.
Na tarde de sábado, milhares de pessoas aplaudiram a chegada dos caixões. A cerimônia foi "tão informal quanto a formalidade permitiria", disse um locutor, agradecendo aos que lotaram a capacidade do estádio de 20 mil pessoas para entoar os gritos do time entre discursos, tributos e orações.
Fãs disseram que a tragédia foi especialmente dolorosa para os moradores porque não viam os jogadores apenas em campo, mas nas ruas da cidade de apenas 200 mil habitantes.
"Eles poderiam colocar Neymar no campo aqui e isso não substituiria o que perdemos", disse Juliana Frata. "Esses jogadores eram nossos vizinhos. Parecia que todos os dias toparíamos com eles e suas famílias."
Entre as autoridades presentes estava Gianni Infantino, presidente da Fifa. "Não há palavras que possam diminuir o sofrimento", afirmou ele em um breve discurso.
Em resposta a manifestações de apoio de fãs de futebol e clubes ao redor do mundo, a Chapecoense pendurou um enorme banner preto na parede externa do seu estádio.
"Procuramos uma palavra para agradecer toda a bondade e encontramos muitas", dizia a faixa, com a palavra "obrigado" em mais de uma dúzia de línguas.
Os trabalhadores colocaram bandeiras gigantes no campo, decoradas com flores brancas, carregando os logotipos da Chapecoense e do Atlético Nacional, equipe colombiana que realizou uma cerimônia na quarta-feira.
Cleusa Eichner, 52, foi ao estádio para a vigília, mas foi cautelosa sobre ver os caixões dos jogadores.
"Eu ainda posso ver aqueles jogadores entrando com seus filhos nos braços, prefiro manter essa imagem na minha cabeça, manter essa felicidade, do que trocá-la por nada."
Enquanto isso, o alvoroço sobre a causa do acidente prosseguia.
A mídia, citando um documento interno, relatou que um funcionário da agência de aviação da Bolívia havia levantado preocupações sobre o plano de vôo da Lamia.
O funcionário exortou a companhia aérea a ter uma rota alternativa porque o trajeto de quatro horas e 22 minutos possuía a mesma duração da autonomia máxima de voo do avião.
Um documento colombiano da aviação civil visto pela Reuters confirmou que o tempo do voo foi ajustado para ser de quatro horas e 22 minutos.
O presidente-executivo da Lamia, Gustavo Vargas, disse na quarta-feira que o avião foi inspecionado corretamente antes da partida e que deveria ter combustível suficiente por cerca de 4 horas e meia. Ele disse que era responsabilidade do piloto decidir se pararia para reabastecer.
Deus tem uma promessa que todos que adormeceram na morte poderão voltar no último dia desse sistema, basta apenas termos fé, disse.  
Mensagem autor do site: https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/mortos-viver-novamente-folheto/mortos-voltar-a-viver/

China deve usar reservas para estabilizar expectativas para iuan, diz conselheiro do BC

A China deveria usar suas reservas internacionais para ajudar a manter a confiança do mercado no iuan, após expectativas de mais depreciação levarem a cotação em relação ao dólar a despencar, disse um conselheiro do banco central, segundo a mídia local.
O iuan caiu para o menor valor em oito anos e meio em relação ao dólar nas últimas semanas, causando uma ameaça de saída de capital.
"Agora é a melhor hora para estabilizar as expectativas para a cotação do iuan", disse Sheng Songcheng, conselheiro do Banco Popular da China (PBOC), durante um fórum em Pequim, de acordo com o jornal 21st Century Business Herald.
Sheng disse que a queda reflete expectativas reforçadas de depreciação, mas que não há base para isso, já que a economia chinesa está se estabilizando.
Sheng sugeriu que o PBOC deveria usar parte de suas reservas estrangeiras para manter a confiança do mercado no iuan.
O iuan deve, inclusive, começar a se valorizar, se o PBOC puder usar "até mesmo um pouco de suas reservas estrangeiras" para manter a confiança do mercado, disse ele.

China protesta após conversa de Trump com presidente de Taiwan

A China apresentou um protesto diplomático neste sábado, após o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, falar por telefone com o presidente Tsai Ing-wen, de Taiwan, mas culpou a ilha que reivindica como sua.
O telefonema de 10 minutos com o líder de Taiwan foi o primeiro de um presidente eleito dos EUA ou presidente desde que Jimmy Carter mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China em 1979, reconhecendo Taiwan como parte de um país.
O Ministério das Relações Exteriores da China pediu uma cuidadosa abordagem da questão de Taiwan para evitar distúrbios desnecessários nos laços. "O princípio de uma China é a base política da relação China-EUA", disse.
Falando mais cedo, horas após o telefonema de sexta-feira, o chanceler chinês Wang Yi culpou Taiwan pelo caso, não Trump. Ele notou quão rapidamente o presidente Xi Jinping e Trump falaram por telefone após a vitória de Trump, que elogiou a China como um grande país.
O Escritório de Assuntos de Taiwan da China também chamou a conversa de um movimento "insignificante" de Taiwan que não altera o status da ilha como parte da China.
Trump disse no Twitter que recebeu ligação de Tsai para felicitá-lo pela vitória na eleição.
A China considera Taiwan uma província rebelde e nunca renunciou ao uso da força para controlá-la. As relações entre os dois lados têm piorado desde que Tsai, que chefia o Partido Progressista Democrático, foi eleito presidente em janeiro.
Washington continua a ser o mais importante aliado político e fornecedor de armas únicas de Taiwan, apesar da falta de laços diplomáticos formais.
Trump criticou a China durante a campanha eleitoral dos EUA, e prometeu aumento de 45 por cento de impostos sobres importados chineses, além de classificar o país como manipulador do câmbio.

Opep se reúne com não membros do grupo dia 10, em Viena, dizem fontes

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai se reunir em países não membros do grupo para finalizar um pacto global para limitar a produção de petróleo no próximo sábado, em Viena, disseram duas fontes à Reuters neste sábado.
Duas fontes da Opep afirmaram anteriormente que a reunião deveria acontecer em Moscou, capital russa, mas depois o plano mudou.
A Opep concordou esta semana em reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) a partir de janeiro, tentando reduzir o excesso de oferta global e sustentar preços.
Ela espera que países de for a da Opep contribuam com mais 600 mil bpd para o corte. A Rússia disse que reduziria a produção em cerca de 300 mil bpd.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Bolsa fecha em alta, mas cai 2% na semana; Braskem salta mais de 12% no dia

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira (2) em alta de 1,36%, a 60.316,13 pontos. Na véspera, a Bovespa havia caído 3,88%, a maior queda percentual diária desde 2 de fevereiro.
Apesar de subir no dia, a Bolsa acumulou queda de 2,02% na semana. No ano, porém acumula valorização de 39,14%.
A alta desta sessão foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da mineradora Vale, que subiram 5%, além da Petrobras e dos bancos. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. Os papéis da Braskem saltaram mais de 12%.

Dólar sobe 1,7% na semana, a R$ 3,47

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou com leve valorização de 0,12%, a R$ 3,47 na venda. É o maior valor de fechamento desde 14 de junho deste ano, quando a moeda havia fechado a R$ 3,48. 

Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com alta de 1,73% --é a segunda alta semanal seguida. No mês, acumula valorização de 2,52% e, no ano, tem queda de 12,04%. Na véspera, o dólar havia subido 2,4%.




Dólar fecha com leve alta ante real com cautela e após atuação do BC

O dólar terminou a sexta-feira com leve alta, após o Banco Central ter voltado a atuar no mercado câmbio e o salto de quase 2,5 por cento na véspera, mas com os investidores ainda cautelosos com a situação política doméstica.
O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,4726 reais na venda, maior patamar desde 14 de junho (3,4800 reais). O dólar futuro tinha ligeira alta de 0,10 por cento no final da tarde.
A moeda norte-americana acumulou na semana 1,73 por cento de alta, segunda valorização seguida.
"A atuação do BC foi perfeita", destacou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz, acrescentando que o cenário interno ainda preocupava e pesaria no mercado.
Na noite passada, o BC anunciou que voltaria a intervir no mercado de câmbio nesta sessão, por meio da oferta de contratos de swaps cambiais tradicionais, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro e ajudam a conter a alta da moeda norte-americana.
A autoridade monetária vendeu a oferta integral de 15 mil contratos de swaps para a rolagem do vencimento de 2 de janeiro, equivalente a 5 bilhões de dólares. Se o BC mantiver essa mesma atuação e vender integralmente os swaps, encerrará a rolagem em sete leilões.
"Ao chamar o leilão agora, o BC sinalizou que não quer mais muito preço do que já está no mercado", destacou Muniz.
A última vez que o BC tinha atuado no mercado foi em 22 de novembro, quando concluiu a rolagem dos swaps que venceram de dezembro.
A cena política brasileira voltou a ser motivo de temores junto ao mercado após a queda de mais um ministro (Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo) de Michel Temer na semana passada por denúncias e o desentendimento entre Judiciário e Legislativo após a desconfiguração das medidas anticorrupção.
Todos esses embates podem dificultar a aprovação de importantes medidas econômicas do governo no Congresso Nacional. Além disso, há preocupação com o conteúdo das delações de executivos da Odebrecht.
A proximidade do final de semana, para quando estão previstas manifestações populares no Brasil, manteve os investidores atentos e levou a moeda norte-americana a rondar a estabilidade na reta final da sessão.
"O swap segurou a alta da moeda hoje. Mas a cautela com exterior e o doméstico levaram o investidor a se prevenir", comentou um operador de câmbio de uma corretora doméstica.
No final de semana, haverá referendo sobre reforma constitucional na Itália, pesando sobre o cenário externo porque pode desencadear nova incerteza política. Os italianos votam as reformas do primeiro-ministro Matteo Renzi, com pesquisas de opinião mostrando que o voto no "Não" estava confortavelmente na liderança, levantando preocupações de que Renzi poderia renunciar. Mas algumas pesquisas feitas nesta semana indicaram que a campanha do "Sim" estava diminuindo a diferença.
Também na cena externa, os investidores estarão de olho nos próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano. Mais cedo, foi divulgado que os Estados Unidos criaram 178 mil vagas de trabalho em novembro, acima do esperado, mas com queda da renda do trabalhador no período.
Os números reforçaram as expectativas de que o Fed vai elevar os juros neste mês, com os juros futuros de curto prazo nos Estados Unidos precificando pelo menos mais uma alta em 2017.

Bolsa vira com Petrobras, Vale e bancos; Braskem sobe +10% com leniência

O Ibovespa virou para o positivo no início da tarde desta sexta-feira, deixando para trás uma abertura de fortes perdas abatendo quase a totalidade das ações. Às 13h30, o índice recupera os 60 mil pontos com uma alta de quase 1%, impulsionada pela recuperação de Vale (SA:VALE5), Petrobras (SA:PETR4) e bancos.
Nos EUA, o relatório de empregos mostrou geração de 178 mil vagas em novembro, próximo à expectativa do mercado de criação de 180 mil novos postos de trabalho. A bolsa de Nova York opera com ganhos de 0,3% no S&P 500 e no Nasdaq, enquanto o Dow 30 registra leve perdas.
O sentimento na Europa é mais negativo com a proximidade do referendo na Itália marcado para domingo. A população do país irá decidir se aprova uma série de medidas de um pacote de reformas constitucionais propostas pelo primeiro-ministro Matteo Renzi. O político já informou que pretende renunciar se o pacote não for validado nas urnas, o que poderá abrir caminho para a ascensão de partidos mais radicais, que poderão pressionar pela saída do euro. DAX e o FTSE 100 perdem 0,2%, enquanto o CAC 40 recua 0,5%.
Os dados da economia brasileira voltaram a dar sinais de fraqueza nesta sexta-feira com a produção industrial recuando 1,1% em outubro ante o mês anterior e uma queda de 5,7% na comparação anual. Nesta semana, o anúncio de retração de 0,8% no PIB do terceiro trimestre já havia jogado um balde de água fria na esperança de uma retomada e provocou a revisão das projeções para 2017.
No radar dos investidores permanece o aumento das tensões em Brasília com a assinatura do acordo de delação premiada da Odebrecht, a aprovação de seguidos projetos de pouco apoio popular como a desvirtuação do pacote anticorrupção e a aceitação de denúncia de inquérito contra Renan Calheiros, que passa a ser réu em ação no STF.
A soma desses fatos provoca uma expectativa de maior dificuldade do governo de ter apoio popular e de controlar a base aliada para aprovar as medidas econômicas necessárias para a recuperação do país. Após a aprovação em primeiro turno da PEC que limita os gastos do governo, a previsão é que o Executivo encaminhe na próxima semana o projeto de reforma da Previdência.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras virou para alta após recuar 4,5% na abertura na manhã desta sexta-feira, tocando a mínima de R$ 14,75 por volta de 10h30. Com a recuperação dos preços do petróleo que passaram a subir no mercado internacional e a melhora do humor dos investidores, a ação passa a avançar quase 2%, negociada a R$ 15,71. No noticiário, o presidente da empresa descartou novos investimentos em refino e disse ver com cautela a alta do petróleo.
Na semana, o papel da Petrobras tem sofrido com a volatilidade do petróleo em meio às negociações finais do acordo da Opep. A empresa afundou 5,2% na terça-feira em meio às expectativas de que os países não cortariam a produção. Já no dia seguinte, o anúncio de que as barreiras haviam sido superadas e o cartel estaria pronto para reduzir em 1,2 milhão de barris diários a extração impulsionou o papel, que avançou 9%. Ontem, as tensões políticas pesaram e o papel caiu 3,5% apesar da alta da commodity.
A Vale também recuperou e avança 1% se descolando da queda do minério de ferro no mercado chinês. A commodity registrou uma leve queda no mercado spot chinês e fechou abaixo de US$ 78/tonelada.
As siderúrgicas registram um dia misto com CSN (SA:CSNA3) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), avançando 1%, enquanto a Gerdau (SA:GGBR4) e Usiminas (SA:USIM5) cedem 1,5%. Mais cedo, as empresas chegaram a desvalorizar mais de 5%, em um dia de queda de 1,3% na cotação do vergalhão de aço na China.
A Braskem (SA:BRKM5) dispara 10% em meio a expectativa sobre o acordo de leniência que poderá ser firmado no Brasil e nos EUA após a definição da Odebrecht. Ontem, os executivos da holding e controladora da petroquímica assinaram acordo no qual se comprometem a detalhar casos de propina e corrupção.
A Ambev (SA:ABEV3) registra queda de 0,5% após a produção de cerveja de novembro vir abaixo do esperado com 1,276 bilhão de litros, maior volume do ano. No radar, a companhia informou o pagamento de R$ 0,1870 líquido em juros sobre capital próprio por ação detida no final do pregão de 21 de dezembro.
Os bancos viraram para alta e sobem puxados pela alta de 1,2% no Banco do Brasil (SA:BBAS3), seguido por 1,1% no Bradesco (SA:BBDC4). Itaú Unibanco (SA:ITUB4) avança 0,8% e o Itaúsa ITSA4 (SA:ITSA4), 0,4%, após ser alvo de operação de busca e apreensão em nova fase da Operação Zelotes, que investigou ações relacionadas ao BankBoston.
A Fibria (SA:FIBR3) sobe 1% em meio à confirmação de que a empresa reajustará os preços da celulose nos EUA e na Europa a partir de janeiro. A Suzano (SA:SUZB5) sobe 0,8%.
A Embraer (SA:EMBR3) perde 0,4% após anunciar atraso na certificação e operação do jato E175 E2, que passa a ter cronograma de partida em 2021. Os demais projetos de segunda geração E Jets permanecem com prazos inalterados, como o E 190 previsto para início de 2018 e o E 195 um ano depois.
Dólar
A moeda cede 0,4% frente ao real e é negociada a R$ 3,45 em meio às turbulências políticas que atingem o país.

Petrobras vê acordo da Opep com cautela, alta do petróleo pode não se manter, diz CEO

O acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção deve ser visto com "muito cuidado", uma vez que a forte alta recente dos preços do petróleo decorrente do pacto pode não se manter, disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da Petrobras (SA:PETR4), Pedro Parente, durante apresentação em São Paulo.
Segundo Parente, o cenário de preços vai depender da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos. Ele avaliou que os produtores norte-americanos de óleo não convencional podem aumentar a extração na esteira do acordo da Opep, levando novamente os preços de volta para um patamar entre 40 e 50 dólares o barril. O Brent era negociado a cerca de 53 dólares por volta das 10h50 (horário de Brasília).

Dólar tem leve queda ante real com atuação do BC, mas cautela com cena política continua

O dólar operava em leve baixa ante o real nesta sexta-feira, após o Banco Central voltar a atuar no mercado diante do forte salto da moeda norte-americana na véspera, com os investidores cautelosos com a situação política doméstica e na expectativa por dados do mercado de trabalho norte-americano.
Às 10:52, o dólar recuava 0,13 por cento, a 3,4640 reais na venda, depois de ter fechado a véspera a 3,4685 reais, maior valor desde 16 de junho. O dólar futuro avançava 0,3 por cento.
"A atuação do BC foi perfeita, mas o interno deve falar mais alto ao longo do dia", destacou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
Na noite passada, o BC anunciou que voltaria a intervir no mercado de câmbio nesta sessão, por meio da oferta de contratos de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a venda de dólares no mercado futuro e ajudam a conter a alta da moeda norte0americana.
A autoridade monetária vai ofertar até 15 mil contratos de swaps para a rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 5 bilhões de dólares. Se o BC mantiver essa mesma atuação e vender integralmente os swaps, encerrará a rolagem em sete lelões.
"Ao chamar o leilão agora, o BC sinaliza que não quer mais muito preço do que já está no mercado", destacou Muniz.
A última vez que o BC tinha atuado no mercado havia sido em 22 de novembro, quando concluiu a rolagem dos swaps que venceram de dezembro.
A proximidade do final de semana, para quando estão previstas manifestações populares no Brasil, e a cautela com a política nacional devem deixar os investidores na defensiva ao longo do dia.
A cena política brasileira voltou a ser motivo de temores junto ao mercado após a queda de mais um ministro (Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo) de Michel Temer na semana passada por denúncias e ao desendentimento entre Judiciário e Legislativo após a desconfiguração das medidas anticorrupção.
Todos esses embates podem dificultar a aprovação de importantes medicas econômicas do governo no Congresso Nacional. Além disso, há preocupação com o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht.
Ao longo da sessão, os investidores também vão monitorar o resultado do relatório do mercado de trabalho norte-americano, que deve reforçar as apostas de aperto monetário nos Estados Unidos.

Petrobras cede 3% com cenário político adverso e petróleo em queda

Petrobras (SA:PETR4) afunda mais de 3% nesta sexta-feira com o aumento das tensões políticas em Brasília amplificando as perdas com a queda do petróleo no mercado internacional. Às 11h, o papel preferencial recua 3,2% e é vendido a R$ 14,95, em uma semana de fortes oscilações na cotação da companhia.
A empresa afundou 5,2% na terça-feira em meio às expectativas de que não haveria um acordo entre os países membros da Opep para cortar a produção. Já no dia seguinte, o anúncio de que as barreiras haviam sido superadas e o cartel estaria pronto para reduzir em 1,2 milhão de barris diários a extração impulsionou o papel, que avançou 9%. Ontem, as tensões políticas pesaram e o papel caiu 3,5% apesar da alta da commodity.
No cenário externo de hoje, os investidores realizam parte dos lucros da alta do petróleo com o acordo da Opep, que levou a commodity para máximas de mais de um ano. O barril negociado em Nova York perde 1,5% para US$ 50,40, enquanto o Brent cai 1,6% para US$ 53,10.
Pesa sobre a ação - e toda bolsa brasileira - o aumento das tensões em Brasília com a assinatura do acordo de delação premiada da Odebrecht, a aprovação de seguidos projetos de pouco apoio popular como a desvirtuação do pacote anticorrupção e a aceitação de denúncia de inquérito contra Renan Calheiros, que passa a ser réu em ação no STF.
A soma desses fatos provoca uma expectativa de maior dificuldade do governo de ter apoio popular e de controlar a base aliada para aprovar as medidas econômicas necessárias para a recuperação do país. Após a aprovação em primeiro turno da PEC que limita os gastos do governo, a previsão é que o Executivo encaminhe na próxima semana o projeto de reforma da Previdência.
Vale e siderúrgicas no negativo
A Vale (SA:VALE5) recua 2,5% e se encaminha para o seu quarto pregão consecutivo de perdas, pressionada pela cena tensa política brasileira, que se sobrepôs ao momento mais positivo para as cotações do minério de ferro na China.
O pregão de hoje, contudo, contabilizou uma leve queda no preço do minério no mercado spot chinês, que fechou abaixo de US$ 78/tonelada.
As siderúrgicas afundam e lideram as perdas de um dia negativo para o Ibovespa. CSN (SA:CSNA3) cai mais de 5,5% e a Gerdau (SA:GGBR4) cede 4,5%. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Usiminas (SA:USIM5) desvalorizam 3%. Na China, a cotação do vergalhão de aço recuou 1,3% em semana volátil com ganhos de 4,8% ontem após ceder 7% na quarta-feira.
Braskem (SA:BRKM5) avança com acordo de leniência
Na ponta positiva, a Braskem se destaca com ganhos de quase 4% em meio às expectativas sobre o acordo de leniência da Odebrecht, sua controladora.
Ontem os executivos da holding assinaram o acordo definitivo de leniência, se comprometendo a pagar R$ 6,8 bilhões e delatar dezenas de políticos que teriam recebido propina da empresa.
O Ibovespa perde 1,7% e opera aos 58.480 pontos, recuperando parte das perdas da abertura, quando chegou a tocar nos 50.092 pontos.

Inflação desacelera em São Paulo e fecha novembro com 0,15%

Inflação em São Paulo foi influenciada pelo grupo alimentação com recuo de 0,92% ante uma queda de 0,27% em outubro EBC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, encerrou novembro com alta de 0,15%, taxa bem inferior a de outubro último (0,27%). De janeiro a novembro, o IPC subiu 5,78% e, em 12 meses, 6,65%.
O resultado foi influenciado pelo grupo alimentação com recuo de 0,92% ante uma queda de 0,27% em outubro. Além disso, diminuiu a intensidade de alta em três grupos: transportes (de 0,71% para 0,42%); despesas pessoais (de 0,86% para 0,79%) e saúde (de 0,56% para 0,48%).
Em movimento oposto, foram constatadas elevações no ritmo de correção em outros três grupos: habitação com alta de 0,34% ante 0,20%; em vestuário, que passou de 0,32% para 1,05% e, em educação, de 0,06% para 0,13%.

Produção industrial no Brasil cai 1,1% em outubro, diz IBGE

















A produção industrial brasileira registrou queda de 1,1 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 7,3 por cento. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 0,8 por cento na variação mensal e de 6,45 por cento na base anual.

Índice de blue-chips da China cai mas fecha 8ª semana em alta

O índice de blue-chips da China avançou pela oitava semana seguida, embora tenha recuado nesta sexta-feira e os ganhos tenham sido limitados pelas ações de recursos básicos em meio ao recuo de commodities.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,0 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,88 por cento.
O CSI300 terminou a semana com ganho acumulado de 0,2 por cento, enquanto o SSEC perdeu 0,6 por cento.
A maioria dos setores apresentou perdas, liderados pelo financeiro e imobiliário. Ganhos foram registrados apenas no setor de energia..
Como um todo, as ações asiáticas devolveram parte dos ganhos nesta sexta-feira, diante da possibilidade de altas de juros mais rápidas do que o esperado nos Estados Unidos.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, caía 0,87 por cento às 7:48.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,47 por cento, a 18.426 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,37 por cento, a 22.564 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,88 por cento, a 3.244 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,00 por cento, a 3.529 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,66 por cento, a 1.970 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,80 por cento, a 9.189 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,31 por cento, a 2.919 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,02 por cento, a 5.444 pontos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dólar dispara 2,5% e encosta em R$3,47, com exterior e política local

O dólar saltou 2,4 por cento nesta quinta-feira e encostou no patamar de 3,47 reais, maior nível em cinco meses e meio, influenciado pelo cenário político doméstico e por temores com os próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano.
O dólar avançou 2,40 por cento, a 3,4685 reais na venda, maior nível de fechamento desde 16 de junho (3,4700 reais). Em novembro, o dólar já havia acumulado valorização de 6,18 por cento, a maior mensal desde setembro de 2015.
Na mínima desta sessão, a moeda norte-americana marcou 3,3825 reais e, na máxima, foi a 3,4804 reais. O dólar futuro subia cerca de 2,5 por cento no final desta tarde.
"O cenário político está conturbado, o que pressiona a moeda (norte-americana)", resumiu o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
Ele se referia à manobra frustrada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de tentar aprovar urgência para votar o texto desfigurado das 10 medidas anticorrupção e que foram alvos de críticas pelo Ministério Público. Renan será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, por crime de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato.
A situação política mais sensível preocupa os investidores porque pode atrapalhar a votação de importantes medidas econômicas no Congresso Nacional.
Outro fator de preocupação foi o Fed, que se reunirá neste mês para definir o rumo da taxa de juros, com expectativas amplas dos agentes econômicos de que serão elevados. O mercado vai procurar pistas sobre o ciclo de aperto, sobretudo após a eleição de Donald Trump, que pode adotar uma política econômica inflacionária e pressionar o Fed por mais altas de juros.
"As incertezas domésticas somadas ao exterior acabaram gerando uma onda de 'stops'. Quando o mercado está nervoso, qualquer coisa acaba superdimensionada", comentou um operador de uma corretora nacional.
Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta sessão, com as taxas de referência atingindo os níveis mais altos em meses diante das expectativas de que os ganhos nos preços do petróleo, que saltaram mais de 4 por cento neste pregão, e as políticas de Trump podem alimentar a inflação.
Pesquisa Reuters mostrou que a incerteza sobre o futuro do câmbio no Brasil e na América Latina disparou após a eleição de Trump para a Casa Branca, com chances de mais valorização do dólar nos próximos meses.
O dólar deve ser cotado a 3,49 reais no Brasil daqui a um ano, segundo a mediana das projeções de 28 analistas que variaram entre 3,88 e 2,98 reais. A grande variação das estimativas, que se repete para outras moedas, é um indicativo da incerteza sobre o câmbio na região.
O movimento de alta do dólar reforçou a cautela dos investidores por alguma intervenção do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio. Mais uma vez, o BC não anunciou qualquer movimento nesta sessão, mas parte do mercado acreditava que a autoridade monetária poderá anunciar leilões de swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolar os contratos que vencem em janeiro, equivalente a 5 bilhões de dólares.

Odebrecht assina acordo de leniência com Lava Jato e aceita pagar multa de R$ 6,7 bi, diz fonte

 A construtora Odebrecht assinou nesta quinta-feira acordo de leniência com os procuradores da operação Lava Jato e aceitou pagar multa de 6,7 bilhões de reais, disse à Reuters uma fonte ligada ao Ministério Público.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o acordo abre caminho para a assinatura de acordos de delação premiada com 77 executivos e funcionários da Odebrecht, entre eles o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba e já condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em ação penal da Lava Jato.
De acordo com a fonte, o acordo prevê pena de 10 anos para Marcelo Odebrecht, sendo que ele deverá ficar no regime fechado até o final de 2017.
A fonte disse ainda que o valor da multa será pago pela empreiteira ao longo de 20 anos. O valor da multa será dividido entre Brasil, Estados Unidos e Suíça, segundo a fonte, acrescentando que a maior parte dos recursos ficará no país.
Com o acordo de leniência, a Odebrecht garante que seguirá apta a contratar com o setor público.
A delação da Odebrecht, maior empreiteira da América Latina, tem sido apontada como uma das mais aguardadas da Lava Jato e a que tem maior potencial de provocar abalos ainda maiores no cenário político.
Nas investigações da operação Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram uma planilha que, afirmam, indica pagamentos feitos pela empreiteira a políticos de vários partidos. Não ficou claro à época se os dados da planilha se referiam a repasses de propina, a doações legais para campanhas eleitorais ou a doações não contabilizadas, o chamado caixa dois.
Como na delação da empreiteira e de seus executivos e funcionários devem ser citados políticos com mandato, os acordos terão de ser analisados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na corte.
Caberá a Teori decidir se valida esses acordos e permite que as delações sejam usadas no processo ou se os rejeita e os declara nulos.
Procurada, a Odebrecht não se manifestou sobre o acordo.

Bolsa tem maior queda em 10 meses, de 3,9%, com incerteza política e bancos

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (1º) em queda de 3,88%, a 59.506,54 pontos. É a maior queda percentual diária desde 2 de fevereiro deste ano, quando a Bolsa havia tombado 4,87%. 

Com isso, a Bolsa acumula baixa de 3,33% na semana. No ano, porém, tem valorização de 37,27%. A Bovespa fechou novembro com baixa acumulada de 4,65%.

Puxaram o resultado da Bolsa hoje os desempenhos negativos das ações dos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Itaú Unibanco. Só os papéis do BB caíram mais de 6%. 

Investidores estavam preocupados com incertezas na política brasileira (leia mais abaixo) e com os bancos. Mais cedo, a Polícia Federal deflagrou a oitava fase da operação Zelotes, com buscas em prédios do banco Itaú Unibanco. As buscas estão relacionadas a processos do BankBoston, que pertencia ao Bank of America e foi comprado pelo Itaú em 2006.

As ações da Petrobras e os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) da mineradora Vale também tiveram baixa. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. 

Dólar salta 2,4% e fecha a R$ 3,46

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 2,4%, a R$ 3,46 na venda. É o maior valor de fechamento desde 16 de junho deste ano, quando o dólar havia fechado a R$ 3,47. 

Com isso, a moeda norte-americana acumula alta de 1,61% na semana. No ano, tem queda de 12,15%. A moeda fechou novembro com valorização de 6,18%, o maior ganho mensal desde setembro de 2015.
Incerteza política no Brasil
Investidores estavam preocupados com a política brasileira. "O cenário político está conturbado, o que pressiona a moeda (norte-americana)", disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, à agência de notícias Reuters.

Ele se referia à tentativa frustrada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de aprovar urgência para votar o texto das dez medidas anticorrupção e que foram alvos de críticas pelo Ministério Público.

Renan está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, por crime de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato.

A situação política mais sensível preocupa os investidores porque pode atrapalhar a votação de importantes medidas econômicas no Congresso Nacional.

Ibovespa afunda 3,5% e perde os 60 mil pontos; BB -6%, Bradesco -5%

O Ibovespa afunda mais de 3,5% nesta quinta-feira amarga no mercado financeiro, com apenas cinco ações operando no positivo, sendo três exportadoras e os dois papéis da Vale (SA:VALE5). Os bancos e a Petrobras pesam sobre o índice, que perdeu os 60 mil pontos no início da tarde, e às 16h30 soma 59.631 pontos.
O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e o Itaúsa (SA:ITSA4) despencam mais de 4,5% em seu primeiro dia ex-dividendos agravado por nova fase da operação Zelotes, que efetuou buscas na sede do banco. Segundo nota divulgada pelo Itaú, a Polícia Federal foca sua investigação sobre os processos tributários no BankBoston, adquirido pelo Itaú em 2006, mas que são de de responsabilidade do Bank of America. Cerca de cem policiais realizaram hoje mais de 30 mandatos de busca e apreensão e de condução coercitiva.
O Bradesco (SA:BBDC4) perde mais de 5,5% na maior queda diária desde os dias após a eleição de Trump, quando um grande sentimento de aversão ao risco abalou os mercados emergentes. O papel é negociado na mínima desde meados de setembro. O Banco do Brasil (SA:BBAS3) perde mais de 6,5%.
A Petrobras SA:PETR4) se descolou do movimento de alta do petróleo e perde mais de 2,3%. No noticiário corporativo, a companhia aprovou em assembleia a venda de 90% da Nova Transportadora do Sudeste para a Brookfield por US$ 5,194 bilhões.
No pano de fundo do dia de hoje, estão as turbulências políticas em Brasília, onde a semana foi marcada por diversas decisões de forte impacto popular. Enquanto a votação da PEC no primeiro turno no Senado era esperada, a Câmara desfigurou e aprovou o pacote anticorrupção provocando forte reação popular, inclusive dos procuradores da Operação Lava Jato.
A visão dos analistas é que as notícias impopulares, na sequência do escândalo que envolveu o presidente Michel Temer em uma ação para benefício pessoal do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pode minar a aprovação do governo e elevar o tom das manifestações, prejudicando a governabilidade.
A bolsa também encaminha para um movimento de realização após a alta de ontem, quando somente as ações da Petrobras subiram mais de 9%.
Nesta semana, o PIB do terceiro trimestre negativo em 0,8%, abaixo das expectativas do mercado. Com o dado, os analistas passaram a prever crescimento menor ou zero em 2017, traçando um cenário mais pessimista para a economia.
Ontem, o Copom cortou em 0,25 p.p. a taxa Selic, que voltou aos 13,75%. Os diretores do BC apontaram que o ritmo de corte poderá ser intensificado, o que o mercado entendeu como uma maior possibilidade de redução de 0,5 p.p. já a partir de janeiro.
Vale e exportadoras em alta
O dólar avança mais de 2,5% nesta quinta-feira e impulsiona as exportadoras. Embraer (SA:EMBR3) sobe 2,7%, seguida de Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) com ganhos de, respectivamente, 1,7% e 0,8%. No noticiário, há a expectativa de novos reajustes no preço da celulose, desta vez na Europa e nos EUA
A Vale avança 3,6% nos papeis ordinários e 1,1% nos preferenciais em novo dia de alta no minério de ferro. A cotação da commodity disparou quase 9% e voltou a se aproximar dos US$ 80/t.
As siderúrgicas operam em sentidos opostos neste pregão. Usiminas (SA:USIM5) afunda 4%, enquanto a CSN (SA:CSNA3) perde 6% com noticiário mostrando a conclusão da venda da Can-Pack por R$ 372,5 milhões, anunciada em agosto. Gerdau (SA:GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) operam com perdas de 2% e 7%, nesta ordem.

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Veja as cinco principais coisas a saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 1º de dezembro:
1. Petróleo continua rali após acordo da Opep, lutando para atingir US$ 50

O intenso rali nos preços do petróleo continuou nesta quinta-feira, com os investidores avaliando o acordo de corte de produção mediado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O petróleo registrou escalada nesta quinta-feira após a Opep estabelecer acordo sobre seu primeiro corte de produção desde 2008, visando reduzir o excesso de oferta global que gerou desvalorização de mais de 50% à commodity desde meados de 2014.
Os preços do petróleo bruto continuaram em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, apesar do ceticismo dos analistas de que preços mais elevados possivelmente se converteriam em maior produção por parte de outros produtores que não fazem parte do acordo, especialmente as perfuradores de xisto americanas.
Os contratos futuros do petróleo bruto americano registraram alta de 1,11%, sendo negociados a US$ 49,99, às 9h, no horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent saltou 1,37%, cotado a US$ 52,55.

2. Setor industrial da China expande-se ao ritmo mais acelerado dos últimos 2 anos

O índice oficial de atividade dos gerentes de compras (PMI) da China elevou-se para 51,7 em novembro, partindo de 51,2 no mês anterior e acima da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração, no comparativo mensal.
O número atinge seu maior nível desde abril de 2012 e surpreende os analistas, que esperavam queda para 51.
Ainda assim, alguns analistas alertaram que o número positivo dos dados de novembro pode ser pontual, já que os resultados foram sustentados pelos investimentos em infraestrutura do governo e um boom nos imóveis residenciais que deu indícios de falta de fôlego.

3. Atividade industrial e pedidos de seguro-desemprego em pauta

Os EUA medirão a atividade do seu próprio setor fabril, com todas as atenções voltadas ao PMI industrial da ISM referente a novembro, às 13h, no horário de Brasília. Os analistas esperam um leve aumento para 52,2, frente a 51,9 do mês anterior.
Além disso, no calendário econômico, nesta quinta-feira, às 11h30, os pedidos de seguro-desemprego da semana serão o centro das atenções antes do relatório de emprego com divulgação marcada para esta sexta.
Estima-se que os dados de sexta-feira confirmarão a solidez do mercado de trabalho americano e consolidarão as expectativas de o Federal Reserve (Fed) proceder para uma normalização da política monetária na reunião de 13 e 14 de dezembro.

4. Dólar perde fôlego após atingir máxima de 9 meses e meio frente ao iene

A moeda americana ganhou muita força nesta quarta-feira, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo consolidar um acordo sobre o corte de produção da commodity, com o objetivo de combater o excesso de oferta global e sustentar os preços.
Além disso, Steven Mnuchin, escolhido do Presidente eleito, Donald Trump, para ficar à frente do Tesouro americano, não deu indícios de atuação sobre o forte dólar em seus primeiros comentários desde que foi nomeado ao cargo, dando aos investidores força renovada de compra da moeda americana.
No pregão da Ásia desta manhã, o par USD/JPY atingiu a máxima de nove meses e meio antes de inverter o movimento.
No pregão da Europa, o dólar permaneceu em queda moderada frente às principais moedas do mundo nesta quinta-feira, com os participantes do mercado aguardando para avaliar os dados do dia.
Após as 9h03 (horário de Brasília), o índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada das seis principais moedas do mundo, registrou ligeira queda de 0,32%, a 101,30, mantendo-se ainda próximo da máxima de 14 anos de 102,12.

5. Ações do mundo com resultados diversos após acordo da Opep e antes da divulgação do PMI da China e dos dados dos EUA

O mercado futuro americano sinalizou uma abertura em ligeira queda nesta quinta-feira, após a S&P publicar ontem seu melhor mês desde julho. Às 8h55, no horário de Brasília, o Dow futuro, que lista as principais empresas do mercado, caía 0,04%, o S&P 500 futuro operava em baixa de 0,15% e o Nasdaq 100 futuro avançava 0,2%.
As bolsas europeias abriram em baixa nesta quinta-feira, apesar do rali dos preços do petróleo, com a incerteza política na Itália ainda afetando a confiança do mercado.
Mais cedo, o índice referencial do Japão saltou mais de 2% nesta quinta-feira, antes de registrar leve retração, com as pesquisas industriais regionais conduzidas pela China superando as expectativas e com perspectivas otimistas um dia após a celebração do primeiro acordo de corte de produção da Opep desde 2008. O Nikkei 225 liderou os ganhos, fechando em alta de 1,12%.

China conclui fusão que criará maior siderúrgica do país

A fusão entre o Baoshan Iron and Steel Group (Baosteel) e sua rival de menor porte, a Wuhan Iron and Steel, foi formalmente concluída em uma cerimônia em Xangai nesta quinta-feira, que deu origem à maior siderúrgica da China.
A empresa combinada, que atenderá por Baowu Steel, terá capacidade anual de produção de cerca de 60 milhões de toneladas, tornando-se a segunda maior siderúrgica do mundo, depois da ArcelorMittal.
A Baowu Steel dispõe de um total de ativos avaliado em 730 bilhões de iuanes (106 bilhões de dólares) e uma força de trabalho de 228 mil pessoas, informou a empresa em comunicado.
A fusão entre as duas siderúrgicas foi oficialmente aprovada pelo governo chinês, em setembro, como parte dos esforços do país para racionalizar o setor.
Anteriormente, Baoshan Iron and Steel e Wuhan Iron and Steel, ambas com capital aberto, anunciaram a suspensão das negociações de suas ações enquanto a combinação de negócios estava sendo avaliada por reguladores.
Com planos de colocar 60 por cento da capacidade de produção de aço da China nas mãos das suas 10 maiores empresas até 2025, o país vem encorajando aquisições e fusões no setor de siderurgia há anos.
O gigante asiático também busca reduzir a quantidade de empresas administradas diretamente pelo governo central, como parte de uma reforma abrangente das estatais. O número atual chega a 102, abaixo dos 111 apurados no começo do ano. E, segundo a mídia estatal, é possível que recue para 40.

Indústria da China cresce mais que o esperado em novembro, mostra PMI

A atividade no setor industrial da China cresceu mais do que o esperado em novembro, avançando no ritmo mais forte em mais de dois anos, no momento em que a segunda maior economia do mundo ganha força.
Após um início de ano complicado, as indústrias da China avançaram nos últimos meses, impulsionadas por uma onda de construções de infraestrutura do governo e por um boom imobiliário, que começa a mostrar sinais de fadiga.
O crescimento também acelerou no setor de serviços para níveis que não eram vistos desde 2014, indicando melhora não apenas em indústrias pesadas, como a de aço, mas também na economia como um todo.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria subiu em novembro para 51,7 de 51,2 no mês anterior, acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
A leitura de novembro ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 51,0 e igualou uma máxima anterior, de julho de 2014. A última vez que o PMI da China foi mais alto foi em abril de 2012, a 53,3.
As grandes empresas continuaram a ter desempenho melhor do que as menores, com a diferença se ampliando em novembro, o que destaca que a dependência do governo de grandes empresas estatais para o crescimento não mudou.
De fato, o PMI de indústria do Caixin/Markit, que foca em empresas menores, mostrou crescimento modesto que desacelerou em relação a outubro, com o índice indo a 50,9 de 51,2.
Leitura oficial separada sobre o setor de serviços apontou que o ritmo de crescimento acelerou em novembro sobre o mês anterior. O PMI oficial de serviços atingiu 54,7 em novembro, ritmo mais forte desde junho de 2014.

Dólar salta 6,18% em novembro sobre o real, maior alta em mais de um ano


O dólar fechou em baixa ante o real nesta quarta-feira, favorecido pela aprovação com folga da PEC do teto dos gastos no Senado e pelo salto nos preços internacionais do petróleo, mas encerrou novembro com a maior alta mensal em mais de um ano, diante da forte onda de aversão ao risco que varreu os mercados com a eleição norte-americana.
O dólar recuou 0,25 por cento, a 3,3873 reais na venda, depois de bater 3,3761 reais na mínima do dia e 3,4078 reais na máxima. O dólar futuro cedia cerca de 0,15 por cento no final da tarde.
Neste mês, a moeda norte-americana acumulou valorização de 6,18 por cento, a maior alta mensal desde setembro de 2015 (+9,33 por cento), após a surpreendente eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e que levou o Banco Central brasileiro a atuar mais fortemente no mercado de câmbio durante um tempo.
O Senado aprovou com folga --61 votos a favor, ante os 49 mínimos necessários-- a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos públicos, dando importante sinalização depois da crise política que respigou no presidente Michel Temer na semana passada, que culminou com a demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, acusado de tentar usar a força política do Palácio do Planalto para interesses pessoais.
A moeda norte-americana oscilou entre leves altas e baixas pela manhã alimentada pela formação da Ptax, taxa do Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, de novembro.
Passado o fechamento, o dólar manteve trajetória de baixa ajudada por algum ingresso de recursos por parte de estrangeiros, comentaram profissionais.
Na cena externa, os mercados financeiros foram influenciados pelo salto nos preços do petróleo, em torno de 10 por cento, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ter fechado acordo sobre um corte da produção.
Com o fim do mês, o mercado se perguntava qual será a estratégia do BC para os swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em janeiro, equivalente a 5 bilhões de dólares. Em novembro, o BC rolou os contratos que vencem no dia 1º de dezembro.
"Acho que ao longo de dezembro o BC vai rolar os swaps. É muito importante ele ter bala na agulha e margem de manobra para o que vem pela frente", disse o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
Um experiente profissional da mesa de câmbio comentou, no entanto, que caso o dólar "se comporte" neste último mês do ano, há espaço para o BC ficar quieto. "Mas é preciso ver um dia de cada vez", concluiu.
Pelo sexto pregão seguido, o BC não anunciou intervenção no mercado de câmbio nesta quarta-feira.
Para dezembro, entre outras coisas, o mercado aguardará o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, com as apostas praticamente unânimes de que haverá aumento de juros.
"Esta alta já foi precificada no câmbio, mas o mercado está de olho na composição e novidades do governo Trump. Por ora, acho que o câmbio está bem precificado", resumiu um profissional da mesa de câmbio que prefere não se identificar.
Os investidores temem que o governo de Trump adote uma política econômica mais expansionista, o que obrigaria o Fed a elevar ainda mais os juros, aumentando o potencial de atração de recursos hoje aplicados em países como o Brasil para a maior economia do mundo.

PF deflagra nova fase da Zelotes tendo Itaú e BankBoston entre os alvos, diz Globonews








A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação Zelotes tendo entre os alvos os bancos Itaú e BankBoston, de acordo com a emissora de TV Globonews.
A Zelotes investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), vinculado ao Ministério da Fazenda, e o suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias.
Procurado, o Itaú não estava disponível imediatamente.