terça-feira, 22 de novembro de 2016

Bolsa encosta nos 62 mil pontos em dia de alta nas commodities; Vale +7%

O Ibovespa ficou perto de recuperar os 62 mil pontos no fechamento desta terça-feira embalada pelas ações ligadas à commodities, especialmente petróleo, celulose, minério de ferro e aço. O índice subiu 1,45% e encerrou o dia a 61.954 pontos.
Com o encerramento do pregão no positivo, o índice embala para sua terceira alta consecutiva, afastando da casa dos 59 mil pontos, para a qual desceu com a volatilidade após a eleição surpreendente de Donald Trump. Nos dias seguintes à vitória do republicano, o Ibovespa afundou 7,7% em três sessões e tocou nos 58.322 pontos no intraday.
No Brasil, o cenário político ainda atrai a atenção dos investidores com a reunião dos governadores com o presidente Michel Temer para discutir a solução da crise fiscal dos estados. Ainda no Palácio do Planalto, o ministro Geddel Vieira Lima foi mantido no cargo apesar do desgaste com a denúncia de tentativa de favorecimento pessoal feita pelo ex-ministro Marcelo Calero que deixou a Cultura. Geddel enfrentará uma investigação no conselho de ética da Presidência.
Destaques do Ibovespa
Vale. Na bolsa brasileira, o dia foi novamente da Vale que disparou 7,5% nas ações ordinárias (SA:VALE3) e 6,2% nas ações preferenciais (SA:VALE5). O avanço foi sustentado pelo minério de ferro que subiu quase 6,5% na entrega imediata no porto de Qingdao, se aproximando novamente dos US$ 75/t. Na bolsa de Dailan, os contratos futuros subiram 6% para 580,50 iuans.
O papel preferencial da mineradora alcançou no intraday os R$ 25, se aproximando da máxima dos últimos dois anos de R$ 25,88 alcançada na semana passada. Nas últimas semanas, a ação da companhia tem enfrentado forte volatilidade acompanhando o preço do minério. Nos últimos 10 pregões, em sete sessões o ativo variou mais de 4% no dia, com picos de alta de mais de 8% e quedas de 7%.
Siderurgia. As empresas acompanham a alta com ganhos de 4,6% na CSN (SA:CSNA3), 3,6% na Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e de 2,9% na Usiminas (SA:USIM5). A Gerdau (SA:GGBR4) subiu 4,2% em seu primeiro pregão ex-dividendos. Na China, o preço do vergalhão de aço saltou 6% tocando na máxima de US$ 421 a tonelada, enquanto no Brasil a Inda informou que CSN e Usiminas deverão reajustar o aço entre 9% a 12% a partir de dezembro.
Petrobras. A companhia viveu um dia de volatilidade acompanhando os preços do petróleo que encerram o dia mistos, com alta no Brent e queda no WTI. A commodity abriu em alta para depois virar para queda no meio do pregão seguindo rumores sobre a possibilidade de um acordo da Opep para cortar produção. No fim do dia, a Petrobras (SA:PETR4) assegurou a alta, avançando 2,3% para os R$ 15,93.
Fibria e Suzano. As exportadoras dispararam 5,5% e 4,2%, respectivamente, nesta terça-feira após anunciarem reajuste na cotação da celulose para o mercado asiático. Fibria e Suzano elevaram de US$ 530/tonelada para US$ 550/tonelada da commodity para os negócios a partir de 1º de dezembro. As empresas se encaminha, para retomar o patamar de junho, na casa dos R$ 30 da Fibria (SA:FIBR3) e R$ 12,50 da Suzano (SA:SUZB5), perdida com a forte valorização do real desde a formação do novo governo federal.
Financeiro. Os bancos fecharam em alta com Banco do Brasil (SA:BBAS3) avançando 1,2%, um dia após anunciar grande reorganização de suas operações com o fechamento de agências, plano de incentivo à aposentadoria e corte de vagas. BB Seguridade (SA:BBSE3) subiu 0,7% após o BB afirmar que o fechamento de agências deverá ter impacto restrito na venda de seguros. Ontem o BB Seguridade cedeu 0,2% em um dia de fortes altas no setor financeiro.
Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Bradesco (SA:BBDC4) ganharam, respectivamente, 0,3% e 0,7%, enquanto o Itaúsa (SA:ITSA4) fechou estável. A BM&FBovespa (SA:BVMF3) subiu 0,7%% em meio a novo adiamento de julgamento no Carf de autuação de R$1,1 bilhão por amortização indevida de ágio. O processo foi suspenso após o pedido de vistas da conselheira Cristiane Silva Costa.
Embraer. A ação da companhia (SA:EMBR3) fechou com a pior queda do Ibovespa do dia, a 3,8%, em meio ao rebaixamento da nota de crédito da empresa pela UBS. O banco reduziu a recomendação de ‘neutro’ para ‘venda’ e cortou o preço alvo das ADRs de US$ 28 para US$ 19 com a expectativa de redução da demanda e preocupações com os custos da empresa.

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