O Ibovespa consolida o movimento de alta no início da tarde desta terça-feira com a valorização das blue chips em meio a um cenário nebuloso na política. O índice sobe 1,3% às 14h15 e recupera os 60 mil pontos perdidos ontem, quando fechou a 59.828 pontos.
No exterior, a queda do petróleo pesa sobre os principais índices dos EUA, que entram em realização após novos recordes históricos. O Dow 30 e o Nasdaq perdem 0,05%, enquanto o S&P 500 opera com leve alta.
Na Europa, o clima é positivo mesmo com as incertezas que ainda atingem a Itália em meio a indicadores econômicos dentro do previsto. O PMI do varejo e o PIB seguem segue estáveis com leituras de 48,6 pontos no primeiro e alta de 0,3% no crescimento da economia. DAX avança 0,8%, enquanto o CAC 40 soe 1,3% e o FTSE 100 +0,5%.
A política nacional estressou o mercado na abertura com a queda do Ibovespa a a valorização do dólar após a decisão liminar no ministro do STF Marco Aurélio Melo de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado. Com o voto do ministro, o senador petista Jorge Viana assume o cargo e deverá dificultar a votação de temas importantes para o governo, como a PEC do teto de gastos prevista anteriormente para o dia 13.
Nesta manhã, em meio ao tumulto provocado pelo afastamento de Calheiros, o governo apresentou a proposta de reforma da Previdência com idade mínima de 65 anos para se aposentar e contribuição mínima de 49 anos para receber o valor integral. A proposta inclui um modelo de transição para os acima de 50 anos.
A ata do Copom divulgada mais cedo mostrou o BC preocupado com o cenário externo, mas mais confiante com a redução dos preços e atento à recessão mais profunda que o previsto. A expectativa é que o banco corte 0,5 p.p. da Selic na reunião de janeiro.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras (SA:PETR4) avança mais de 2% com a perspectiva do mercado de que a companhia possui efetivamente independência na definição dos preços dos combustíveis após a alta anunciada ontem. A partir desta terça-feira a gasolina ficou 8,1% e o diesel 9,5% mais caros nas refinarias da companhia. É o primeiro aumento desde que a fórmula de reajustes passou a ser adotada. No cenário externo, o petróleo opera com perdas de 2% em meio a movimento de realização com as máximas recentes pressionado pelo aumento de produção mundial.
A Vale (SA:VALE5) avança 0,6% em dia de novo avanço na cotação do minério de ferro na China. A commodity subiu mais de 1% e se aproxima dos US$ 80/t. Ontem, a companhia informou a venda de quatro navios à Polaris em operação de US$ 140 milhões.
As siderúrgicas operam mistas com ganhos na CSN (SA:CSNA3) de 0,7% e recuo de 1% na Usiminas (SA:USIM5) e de 0,2% na Gerdau (SA:GGBR4). Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) permanece estável.
A JBS (SA:JBSS3) é o grande destaque do dia, acumulando ganhos de 15% após anúncio de que pretende fazer IPO de suas operações internacionais. A oferta deverá ser realizada na bolsa de Nova York em no primeiro semestre de 2017, negociando as ações de uma subsidiária na Holanda que concentrará todas as operações internacionais da Seara.A estratégia vem após a negativa do BNDES em relação à proposta original que previa a transferência da sede do grupo para a Irlanda.
Os bancos operam no positivo, puxados pelo Itaúsa ITSA4 (SA:ITSA4) com +2%. Bradesco (SA:BBDC4) sobe 1,5% e o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) ganha 1,4%. O Banco do Brasil (SA:BBAS3) avança 0,5% com a notícia de que acertou a operação por 36 meses do Banco Postal com o Correios.
A Localiza (SA:RENT3) sobe mais de 7% após informar a compra da concorrente Hertz Brasil por R$ 337 milhões.
A Suzano (SA:SUZB5) sobe 5% e a Fibria (SA:FIBR3) avança 2,5% em dia de leve valorização do dólar, com os reajustes da celulose no radar. A divisa avança 0,3% aos R$ 3,46 após superar os US$ 3,46 pela manhã.
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