O principal índice da bolsa brasileira recuava no início da tarde desta quinta-feira, devolvendo os ganhos da manhã em sessão instável, com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar as compras de títulos exercendo pressão, enquanto a expectativa de manutenção do cronograma de votação da medida que limita os gastos públicos ajudava a ponta positiva.
Às 13:26, o Ibovespa caía 0,31%, a 61.223 pontos. No melhor momento do dia, o índice subiu 0,85%. O giro financeiro era de 2,38 bilhões de reais.
O BCE surpreendeu os mercados financeiros ao anunciar que vai cortar as compras mensais de ativos a partir de abril do próximo ano para 60 bilhões de euros, dos atuais 80 bilhões de euros, embora as prorrogue até o final de 2017. A expectativa do mercado era de que as compras ficassem em 80 bilhões de euros, mas apenas por mais 6 meses.
Segundo operadores, a decisão tem um viés negativo para mercados emergentes como o Brasil por receios de que possa diminuir o fluxo global de investimentos, principalmente em meio ao cenário de expectativa de alta de juros nos Estados Unidos.
O Ibovespa também perdia fôlego conforme as ações da Petrobras (SA:PETR4) abandonavam os ganhos vistos mais cedo. Os papéis PN caíam 1,13%, enquanto os ON recuavam 0,55%.
Contrariando a alta do petróleo no mercado internacional, os papéis da estatal reagiam negativamente à medida cautelar aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que proíbe a Petrobras de assinar novos contratos de venda de ativos e de iniciar novos processos de alienação.
Do lado positivo, o destaque era o comunicado feito nesta manhã por Renan Calheiros (PMDB-AL) de que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos está mantida para o dia 13 de dezembro. O anúncio surge após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir na véspera, por 6 votos a 3, mantê-lo à frente do Senado, mas tirá-lo da linha sucessória da Presidência da República.
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