O Ibovespa opera perto da estabilidade nesta segunda-feira, oscilando entre os terrenos negativo e positivo em meio à abertura em alta dos EUA e as turbulências políticas na Itália e em Brasília. Às 13h15, o índice avança 0,1% para 60.410 pontos, com variação diária entre 59.997 pontos (-0,5%) e 60.720 pontos (+0,66%).
Os principais índices da bolsa de Nova York abriram em alta embalados pelas novas máximas de mais de um ano no preço do petróleo. O Dow 30 renova seu recorde histórico ao avançar 0,4%, enquanto o S&P 500 sobe 0,6% e o Nasdaq ganha 1%.
Na Europa, o clima positivo prevaleceu apesar da expectativa de perdas após a derrota do primeiro-ministro Matteo Renzi no referendo que rejeitou um pacote constitucional por uma larga margem de 59% a 41%. Renzi anunciou ainda ontem que deixaria o cargo, abrindo espaço para movimentos populistas e com conexões com os eurocéticos. O PMI composto e de serviços da Alemanha e do Reino Unido vieram acima do previsto, enquanto o europeu ficou aquém do esperado. O DAX registra forte avanço de 1,7% no final do pregão, seguido por 1% no CAC 40 e de 0,3% no FTSE 100.
No Brasil, as manifestações de domingo vieram com um tom abaixo do previsto pelo Planalto trazendo certo alívio imediato. No campo econômico, contudo, a sensação de que Henrique Meirelles estaria sendo fritado pela base aliada chama a atenção no mercado. O ministro é criticado por não entregar uma recuperação econômica mais imediata. No radar, Temer deverá anunciar medidas para estimular a economia e encaminhar amanhã a reforma da Previdência.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras (SA:PETR4) avança 0,5% aos R$ 15,90 depois de superar os R$ 16 mais cedo. A companhia sobe apoiada na valorização do petróleo no mercado internacional, que atingiu os US$ 55,30 no Brent, em Londres, e US$ 52,40 em NY, nas maiores cotações desde meados de 2015. O presidente da empresa, Pedro Parente, disse na semana passada que a petroleira pretende anunciar ainda este mês novos desinvestimentos para atingir a meta de levantar US$ 15,1 bilhões com vendas entre 2015 e 2016.
A Vale (SA:VALE5) sobe 1,5% em dia de alta na cotação do minério de ferro no mercado spot chinês. A commodity avançou 1%, voltando a caminhar na direção dos US$ 80/t perdidos na semana passada. A companhia informou em evento com analistas que reduziu para US$ 4,5 bilhões a previsão de investimentos e planeja aumentar a extração de minério de ferro em 2017 para o intervalo de 360 milhões a 380 milhões de toneladas.
As siderúrgicas avançam, lideradas pela Usiminas (SA:USIM5) que sobe 4%. A Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) ganha 3,5% e a Gerdau (SA:GGBR4), 3%. A CSN (SA:CSNA3) sobe 0,2%.
Os bancos operam em queda com o Banco do Brasil (SA:BBAS3) cedendo 1%. Bradesco (SA:BBDC4) recua 0,5% e o Itaú (SA:ITUB4) cai 0,1%. O Itaúsa ITSA4 (SA:ITSA4) avança 0,1%.
A Braskem (SA:BRKM5) é o grande destaque do dia com suas ações alcançando recorde histórico em meio à expectativa pelo fechamento de acordo de leniência com autoridades do Brasil e EUA. Na sexta-feira, após comunicar que estaria em estágio das negociações, o papel avançou 12,4%. Nesses dois dias, a ação acumula ganhos de 21%.
Na quinta-feira, sua controladora Odebrecht fechou acordo de leniência com autoridades do Brasil, Suíça e EUA se comprometendo a pagar multa de R$ 6,8 bilhões e colaborar com a justiça para encerrar investigações sobre seus atos de corrupção. A expectativa é que em breve seus 77 executivos envolvidos no acordo comecem a depor à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, acusando diversos ministros, governadores, deputados e senadores de receber recursos ilegais.
Dólar
A moeda norte-americana opera com perda de quase 1% frente ao real e volta a ser negociada abaixo dos R$ 3,45. A divisa é vendida a R$ 3,44, às 13h45, no menor nível do dia.
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