Os preços do petróleo atingiram nova máxima de diversos meses nesta segunda-feira, em meio a expectativas de que o corte de produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo ajudará a reduzir o excesso de oferta global e fortalecer a commodity.
O petróleo bruto americano estava sendo negociado a US$ 52,23 o barril, às 7h39, no horário de Brasília, nível inédito desde julho de 2015, apresentando alta de US$ 0,62, ou 1,26%, em relação a seu último fechamento.
O petróleo Brent futuro, referência mundial, subiu US$ 0,73, ou 1,34%, registrando cotação de US$ 55,19 o barril, também o maior nível desde julho de 2015.
O petróleo bruto americano disparou 14% na última semana, efetivando o maior ganho percentual semanal desde o início de 2011, e o Brent registrou escalada de quase 15% na semana após a Opep concretizar acordo sobre seu primeiro corte de produção desde 2008.
O acordo determina que o grupo de produtores cortem a produção em 1,2 milhão de barris por dia a partir de janeiro de 2017, em uma tentativa de reduzir o excesso de oferta global que pressiona os preços do petróleo desde meados de 2014.
O grupo de 14 membros representa um terço da produção mundial, ou 33,6 milhões de barris por dia.
O acordo também inclui ação coordenada com não membros da Opep, que deverão diminuir sua produção em 600.000 barris por dia.
A Rússia declarou que reduzirá a produção em 300.000 barris por dia, mas que faria de acordo com os níveis de novembro.
Na última sexta-feira, a Rússia relatou que sua produção média diária de petróleo foi de 11,21 milhões de barris por dia em novembro, o maior nível em quase 30 anos.
A Opep deve realizar reunião com países não membros da Opep em Viena, nesta sexta-feira, para finalizar os detalhes do acordo de corte de produção de petróleo.
No entanto, os analistas alertaram que o corte fará com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto nos EUA, aumentem sua produção.
Um relatório da Baker Hughes, empresa de serviços de energia, na última sexta-feira mostrou que houve adição de mais três plataformas com produção de petróleo ativa nos EUA na semana passada, totalizando 477, o maior nível desde janeiro, com os preços do petróleo subindo.
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