quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Bovespa cede em dia com mais de 20 ações com variação acima de 5%; Bradesco -6%, Vale +8%

A bolsa perdeu força após a abertura em alta na manhã desta quinta-feira marcada pela disparada do minério de ferro, dados corporativos e com o mundo ainda se reposicionando após a vitória inesperada de Donald Trump nos EUA. O Ibovespa afunda 2,5% aos 61.700 pontos.
No exterior o dia é majoritariamente positivo com avanço de 0,75% no Dow 30 e de 0,4% no S&P 500 e de 0,2% no Nasdaq. Na Europa, o alemão DAX avança 0,3%, enquanto o CAC 40 sobe 0,4% e o FTSE 100 recua 0,6%.
O dólar passou a ser um dos grandes destaques do pregão desta quinta-feira com alta de mais de 4%, encostando mais cedo nos R$ 3,38 em meio à aversão do risco e a não atuação do Banco Central para controlar a disparada do câmbio. No cenário político, a situação de Temer se complicou com a informação da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff ao TSE de que o atual presidente recebeu R$ 1 milhão de doação da Andrade Gutierrez na campanha de 2014,
Na bolsa, a Vale (SA:VALE5) avança mais de 8% e é negociada a R$ 25,28 na manutenção do rali das últimas duas semanas. A alta de hoje é motivada por nova disparada no preço do minério de ferro, que tocou na alta de 30 meses na China. A commodity avançou 9% na bolsa de Dalian e 4% no porto de Tianjin. Na semana, a Vale acumula ganhos de 20%, após disparar 34% em outubro com o avanço do minério e bons resultados operacionais.
As siderúrgicas também acompanham o rali e a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Gerdau (SA:GGBR4) avançam 7%, enquanto a Usiminas (SA:USIM5) e a CSN (SA:CSNA3) sobem 5%.
A Petrobras (SA:PETR4) cede 1% em um dia levemente negativo para o petróleo no mercado internacional. Os investidores se posicionam com cautela na empresa na expectativa dos resultados do terceiro trimestre que serão divulgados hoje logo após o fechamento do mercado, No radar da companhia ainda está a redução do preço dos combustíveis, além da aprovação do fim da obrigatoriedade da operação única no pré-sal, que segue para sanção presidencial.
Os bancos despencam no pregão de hoje pressionando o Ibovespa. O Bradesco (SA:BBDC4) recua mais de 5% em suas ações preferenciais e nas ordinárias após anunciar queda de 21,5% no lucro do terceiro trimestre, que ficou em R$ 3,236 bilhões. A inadimplência subiu a 5,4% frente aos 3,8% do trimestre anterior. O banco acredita que o índice chegou ao limite e que as dívidas atrasadas deverão começar a diminuir.
O Banco do Brasil (SA:BBAS3) afunda 3,4% revertendo a abertura no terreno positivo. O banco registrou queda no lucro de 26,6%, que encerrou o período de julho a setembro com R$ 2,246 bilhões. A inadimplência também pesou o resultado do BB, que revisou para baixo as expectativas de resultados para este ano.
As ações do setor de celulose disparam 10% em meio a subida do dólar, que beneficia a sua geração de receita em reais. As ações da Suzano (SA:SUZB5), Fibria (SA:FIBR3) e Klabin (SA:KLBN4) estão entre as maiores altas do dia.
Kroton (SA:KROT3) e Estácio (SA:ESTC3) afundam após o resultado trimestral mostrar queda e a aprovação de MP que aumenta o risco das empresas no pagamento de empréstimos do Fies. Estácio recua 7% e a Kroton perde 5%.

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