As cinco principais notícias desta quinta-feira, 10 de novembro, sobre os mercados financeiros são:
1. Bolsas estendem rali em ações do pacote Trump
O mercado financeiro dos EUA aponta para uma abertura em alta nesta quinta-feira com o blue-chip Dow Jones avançando 160 pontos para o novo recorde histórico, com os investidores apostando que o presidente eleito Donald Trump impulsionará os setores de saúde e infraestrutura.
Enquanto isso, os mercados da Europa e Reino Unido estavam majoritariamente em alta no meio da manhã, com o DAX alemão subindo para o nível mais alto do ano, com os investidores reavaliando o impacto econômico da vitória de Donald Trump.
Mais cedo, as ações asiáticas subiram com o Nikkei disparando quase 7% depois da vitória de Trump e as promessas de gastos aumentaram o apetite por riscos.
2. Rendimento dos títulos dos governos dos EUA e da Europa sobem para máxima de meses
Os títulos soberanos despencam em todo mundo nesta quinta-feira com os rendimentos avançando para o maior patamar em meses com os traders reavaliando as implicações de uma presidência sob o comando de Trump. Diversos analistas preveem que ele incentive o crescimento da economia e provoque um aumento da inflação.
Os títulos de 10 anos dos EUA subiam 0,4 pontos base a 2,068% no começo da manhã, perto dos níveis que não eram vistos desde janeiro.
Na Europa, os rendimentos nos títulos de 10 anos do governo alemão avançavam 9,8 pontos base para 0,277%, maior nível desde maio, com os papéis equivalentes do Reino Unido subindo 8,4 pontos base para 1,344%, se aproximando do patamar de negociação logo antes do referendo do Brexit em junho.
Os investidores começaram a especular sobre as mudanças da política fiscal do futuro governo Trump, com diversos prevendo aumento da inflação com o maior gasto público.
3. Apostas em alta de juros do Fed em dezembro sobem para 80%
O mercado acredita que o Federal Reserve está no caminho para elevar os juros no próximo mês, independentemente da vitória surpreendente de Donald Trump na eleição dos EIA.
As apostas em uma alta na reunião do Fed dos dias 13 e 14 de dezembro subiram a 81,1%, de acordo com a ferramenta Fed Rate Monitor do Investing.com, depois de despencar para 43% ontem em meio aos receios em relação ao impacto de uma vitória de Trump na economia dos EUA.
O Índice Dólar subia 0,2% para 98,82, próximo à máxima de duas semanas de 98,91 atingida na madrugada.
4. Cobre avança para o maior nível desde julho de 2015
Os futuros do cobre subiram US$ 0,112, ou 4,5%, para US$ 2,571 por libra na terça-feira, em meio às expectativas de que a presidência de Donald Trump poderia desencadear um aumento nos gastos de infraestrutura.
Os preços do metal subiram US$ 0,132, ou 5,1%, mais cedo, para US$ 2,591, maior patamar desde julho de 2015. A alta foi de US$ 0,079, ou 3,34% ontem, logo após o discurso de vitória de Trump incluir promessas de maiores gastos na reconstrução da infraestrutura dos EUA.
Os futuros do cobre estão quase 22% mais altos do que há três semanas, com os investidores apostando que a economia mundial pode estar ganhando momento após longo período de fraco crescimento.
5. AIE alerta para grande crescimento na oferta de petróleo se não houver corte da Opep
A Agência Internacional de Energia alertou nesta quinta-feira de que o mercado de petróleo corre o risco de nova sobreoferta em 2017 se não houver um corte coordenado pela Opep.
Em seu relatório mensal do mercado de petróleo, a AIE disse que a oferta global subiu 800 mil barris/dia em outubro para 97,8 milhões de barris/dia, puxado pelo recorde de produção da Opep e alta de não-membros do cartel como Rússia, Brasil, Canadá e Cazaquistão.
A organização manteve sua previsão de crescimento da demanda em 2016 em 1,2 milhão de barris/dia e projeta que o consumo irá crescer em ritmo semelhante no próximo ano, desacelerando do pico atingido em 2015 de 1,8 milhão de barris/dia.
“Isso significa que 2017 poderá ser um novo ano de intenso crescimento na oferta, similar ao visto em 2016”, disse a AIE.
A Opep chegou a um acordo para cortar a produção para o intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris/dia em conversas na Argélia no fim de setembro. Entretanto, os 14 membros do grupo disseram que não finalizariam o detalhamento das cotas por país até a sua próxima reunião oficial em Viena, na Áustria, marcada para 30 de novembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário