A Petrobras relatou nesta quinta-feira prejuízo líquido de 16,458 bilhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 3,759 bilhões de reais no mesmo período do ano passado, em meio a impairment de ativos e de investimentos em coligadas no valor de 15,709 bilhões de reais.
Segundo a Petrobras, o impairment foi decorrente da apreciação do real e aumento da taxa de desconto e da revisão de um conjunto de premissas, tais como preço de Brent e taxa de câmbio de longo prazo, e da carteira de investimentos contemplados no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021.
O diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, explicou que normalmente a empresa realiza testes de imparidade no quarto trimestre, mas neste ano realizou no terceiro por conta do novo plano de negócios, que postergou uma série de projetos devido a um drástico corte nos investimentos.
"O resultado da imparidade teve impacto importante no lucro da companhia, essa é a mensagem, esse foi um evento não recorrente e não esperamos novos testes de imparidade nessa magnitude", disse Monteiro a jornalistas.
Ele afirmou ainda que variáveis importantes, como o preço do Brent, câmbio e taxa de desconto, respondem a movimentos de mercado por serem exógenas e "a empresa não tem controle sobre elas".
Se o resultado líquido foi ruim pelas baixas contábeis, o lucro ajustado antes de juros, taxas, depreciação e amortização (Ebitda) somou 21,603 bilhões de reais, alta de 39,3 por cento ante o mesmo período de 2015.
Na comparação com o segundo trimestre, houve uma alta de 6 por cento, devido ao aumento da produção e exportação de petróleo e aos menores gastos com importações.
A empresa afirmou ainda que o endividamento bruto recuou 19 por cento ante o final do ano passado, para 398,165 bilhões de reais, principalmente pela apreciação do real. O endividamento líquido passou de 392,136 bilhões para 325,563 bilhões de reais no período, uma queda de 17 por cento.
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