Resultados operacionais fracos e uma provisão para possível perda numa disputa judicial produziram um lucro decepcionante no terceiro trimestre da BM&FBovespa (SA:BVMF3), que também anunciou que vai emitir 3 bilhões de reais em debêntures para pagar a compra da Cetip (SA:CTIP3).
Maior operadora de bolsas da América Latina, a BM&FBovespa anunciou nesta sexta-feira que teve lucro líquido de 292,7 milhões de reais no período. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro de 468,3 milhões de reais.
O resultado representou uma queda de 85,5 por cento sobre um ano antes, mas a comparação é prejudicada porque então o lucro tinha sido inflado por um ganho extraordinário.
Operacionalmente, o resultado foi enfraquecido pela queda dos volumes negociados no segmento BM&F, sobretudo derivativos. De julho a setembro, a receita líquida da empresa somou 559,1 milhões de reais, queda de 6,5 por cento sobre um ano antes.
Além disso, a companhia constituiu uma provisão de 238,5 milhões de reais, valor sobretudo referente a uma disputa judicial com uma corretora que teve sua chance de perda alterada de possível para provável. O montante inclui honorários de advogados.
O lucro só não caiu mais porque a BM&FBovespa viu seu resultado financeiro atingir 221,5 milhões de reais no trimestre, alta de 157,5 por cento ano a ano, refletindo o aumento do caixa, com recursos da venda de ações do CME Group.
Além disso, as despesas operacionais no período caíram 5 por cento no comparativo anual, para 155,5 milhões de reais.
A empresa também anunciou que seu conselho de administração deu aval para captação de 3 bilhões de reais com a emissão de debêntures, para pagar a operação de união dos negócios com a Cetip, anunciada mais cedo neste ano. As debêntures são da espécie não conversível e têm prazo de 3 anos.
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