O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira que a inflação está declinando no Brasil e as expectativas estão bem ancoradas, abrindo espaço para afrouxamento monetário.
O presidente do BC também afirmou que qualquer impulso para atividade econômica gerado exclusivamente pela política monetária seria temporário.
"Persistência, serenidade e foco nos fundamentos econômicos são a chave para o crescimento sustentável do PIB e taxas de juros mais baixas no longo prazo", afirmo ele segundo apresentação em inglês publicada no site do BC.
O BC já deu início ao processo de afrouxamento monetário em meio a uma forte recessão enfrentada pela economia brasileira. Nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual em cada uma, levando a Selic para 13,75% ao ano.
Mais cedo, também em evento em São Paulo, o presidente do BC afirmou que haveria custos em postergar a busca pelo centro da meta de inflação e reforçou que a autoridade monetária "é sensível" ao nível de atividade.
Os analistas consultados pelo relatório Focus, do BC, já avaliam que a autoridade monetária está próxima de fazer com que a inflação fique dentro do limite da meta deste ano. A projeção para a alta do IPCA em 2016 é de 6,52%. Para o ano que vem, a previsão é de alta de 4,90%.
Ilan também afirmou que o regime de câmbio flutuante funciona como uma defesa contra choques externos, mas que não impedia o BC de usar ferramentas para evitar volatilidade excessiva ou falta de liquidez no mercado.
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