O Ibovespa operou com alta volatilidade nesta segunda-feira em meio a alta do petróleo e do minério de ferro e a abertura em baixa nos EUA. Às 13h15, o índice voltava a operar no positivo com +0,2% aos 61.680 pontos, com variação diária entre 61.240 pontos (-.0,5%) e 61.808 pontos (+0,4%).
Nos EUA, os principais índices da bolsa abriram em baixa com um movimento de realização após sucessivos recordes históricos atingidos nas últimas duas semanas em um dia de forte volatilidade no petróleo. Dow 30, S&P 500 e o Nasdaq perdem entre 0,25% e 0,3%.
A agenda da semana trará novos dados do PIB dos EUA amanhã e o payroll na sexta-feira (2/12), além de dados de emprego no país e o Livro Bege. No Brasil, o Copom se reúne novamente para discutir a taxa Selic, com a expectativa dos analistas de corte de 0,25 p.p., para 13,75%. Para 2017, a previsão dos analistas é de IPCA de 4,93%.
O mercado brasileiro mantém no radar o andamento da crise política que estourou no gabinete presidencial do Palácio do Planalto na semana passada, com suspeita de que Michel Temer teria atuado pessoalmente para garantir vantagens pessoais ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Em entrevista à TV Globo, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero informou que a gravação da conversa com o presidente foi protocolar. O receio é que o enfraquecimento do governo dificulte a aprovação das medidas econômicas como a PEC que limita os gastos públicos e a futura reforma da Previdência.
Nesta segunda-feira, o boletim Focus apresentou um cenário mais pessimista para 2017 traçado pelo mercado. Os analistas passaram a prever um crescimento de 0,98% contra 1,21% no mês passado, numa tendência de queda. O Ministério da Fazenda reviu na semana passada de 1,6% para 1% a previsão de aumento do PIB no próximo ano.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras (SA:PETR4) opera com volatilidade seguindo a variação do petróleo no mercado internacional. A commodity, que abriu em baixa, passou para o terreno positivo e avança mais de 2% na sequência da fala do ministro de Petróleo do Iraque, Jabar Ali al-Luabi, que disse estar otimista em um acordo da Opep, que se reúne na quarta-feira (30/11). A ação preferencial sobe 1% aos R$ 15,45.
A Vale (SA:VALE5) volta a se destacar, com alta de 2%, acompanhando a alta de 1,5% no preço do minério de ferro na China, que voltou a superar os US$ 80/t para a venda spot em Qingdao. No noticiário, a Veja informou que a empresa deverá anunciar que não venderá mais ativos e que distribuirá dividendos neste ano. Os diretores da empresa farão amanhã (29/11) seu evento anual com investidores.
As siderúrgicas acompanham a alta das commodities metálicas e sobem no pregão. A Usiminas (SA:USIM5) avança 2,2% em dia que anunciou que pretende trocar notas com vencimento em 2018, após constituir hipoteca sobre os laminadores de tiras a quente e a frio na unidade de Ipatinga. A Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobe 2%, enquanto a Gerdau (SA:GGBR4) e CSN (SA:CSNA3) valorizam 0,8%.
A Kroton (SA:KROT3) sobe 2% e a Estácio (SA:ESTC3), 1%, em meio à notícia da Folha de S.Paulode que as empresas apresentaram ao Ministério da Educação um plano de vender a instituição de ensino a distância e o Centro Universitário Estácio de Santa Catarina para viabilizar a fusão no Cade. As operações poderão render até R$ 1 bilhão ao caixa da nova companhia.
A Fibria (SA:FIBR3) e a Suzano (SA:SUZB5) valorizam até 1% nesta segunda-feira na sequência de notícia do Valor de possível aumento nos preços da celulose na Europa e na América do Norte. A expectativa é de alta de US$ 20 a US$ 30 por tonelada a partir de janeiro. Na semana passada, as empresas informaram elevação nos preços na Ásia.
O Banco do Brasil (SA:BBAS3) lidera as altas do setor financeiro com ganhos de 2%. O presidente do banco, em entrevista à Folha de S.Paulo, descartou IPO da área de cartão ou da distribuidora de títulos mobiliários. Itaú (SA:ITUB4) avança 1,4%, seguido pelo Itaúsa (SA:ITSA4)com 0,5% e o Bradesco (SA:BBDC4) com 0,1%.
O destaque positivo vem da Rumo que dispara quase 5% com a medida provisória para infraestrutura, que possibilita a extensão dos contratos de concessão ferroviários. A expectativa é que a empresa consiga renovar a Malha Paulista. A MP, contudo, pesa sobre a CCR (SA:CCRO3) que cai 0,5%, com a incerteza entre a possibilidade de estender a concessão da Nova Dutra.
Dólar
A moeda opera com perdas de 0,5% frente ao real e é negociada a R$ 3,40
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