O mercado futuro americano sinalizou uma abertura de estável para alta nesta terça-feira, indicando uma recuperação parcial das perdas registradas ontem, enquanto os investidores aguardam a divulgação dos primeiros dados econômicos importantes da semana. Às 8h59, no horário de Brasília, o Dow futuro, composto das principais empresas do mercado, marcou alta de 20 pontos, ou 0,1%; o S&P 500 futuro elevou-se em 2 pontos, ou 0,09%; e o Nasdaq 100 futuro operou em leve alta de 4 pontos, ou 0,08%.
As bolsas da Europa apresentaram resultados mistos nesta terça-feira, com os preços do petróleo caindo em meio às preocupações antes da reunião muito aguardada da Opep, marcada para esta quarta-feira, e os investidores ainda cautelosos acerca do referendo italiano que acontecerá neste fim de semana.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam com indicações variadas nesta terça-feira, e o Nikkei 225 fechou em ligeira baixa em virtude dos dados japoneses inconclusivos. A terceira maior economia do mundo viu os gastos com habitação caírem brusca e inesperadamente em outubro, embora as vendas no varejo tenham apresentado queda muito menor do que o previsto e a taxa de seguro-desemprego se tenha se mostrado alinhada à projeção.
Os preços do petróleo operavam em baixa de cerca de 2% nesta terça-feira, com o nervosismo ainda afetando a capacidade da Opep de estabelecer acordo relevante para limitar a produção da commodity na reunião oficial do órgão, nesta quarta-feira.
O comitê técnico do grupo não foi capaz de firmar um acordo preliminar no fim da segunda-feira, com relatos indicando discordâncias com os níveis de produção do Irã e do Iraque.
Além disso, a Rússia confirmou, nesta terça-feira, que não participaria da reunião oficial, que acontecerá em Viena. Embora Moscou não pertença ao grupo, havia certa esperança de que os relatos de que os ministros do petróleo venezuelano e argelino viajaram à capital do país na última segunda-feira poderia persuadir o país a colaborar.
Os contratos futuros do petróleo bruto americano despencaram 2,02%, sendo negociados a US$ 46,13, às 9h01, no horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent mergulhou 1,99%, cotado a US$ 48,23.
Os primeiros relatórios econômicos relevantes da semana têm divulgação marcada para hoje, após uma agenda vazia nesta segunda.
A segunda estimativa do PIB do terceiro trimestre será divulgada às 11h30, no horário de Brasília, com o consenso esperando uma revisão para 3% de crescimento, o que representa uma leve alta, a partir do dado inicial, que indicava expansão de 2,9%.
Meia hora depois, os investidores terão acesso ao índice de preços dos imóveis residenciais da S&P/Case-Shiller de setembro para analisar a situação do mercado imobiliário.
Precisamente no meio dos gastos da temporada de férias, a Conference Board divulgará seu indicador da confiança do consumidor de novembro, às 13h.
Depois de a Black Friday apresentar novo recorde de vendas on-line no início não oficial das compras da temporada de férias, a Cyber Monday não ficou para trás e, inesperadamente, registrou aumentos históricos da receita, de acordo com a Adobe Digital Insights (ADI).
A partir das 21h30 de segunda-feira, a estimativa da ADI para as vendas on-line era de crescimento de 10,2% na Cyber Monday, registrando um novo recorde de US$ 3,39 bilhões.
O total de vendas on-line do período entre 24 e 27 de novembro aumentou 7,1% no comparativo anual, atingindo US$ 36,5 bilhões.
Esperava-se que a ADI atualizasse os totais finais da Cyber Monday no fim do dia.
A chance de a Itália decidir seguir os passos do Reino Unido e deixar a zona do euro atingiu a máxima de quatro anos, de acordo com uma pesquisa da Sentix.
A Itália tem um referendo marcado para o domingo para determinar se o primeiro-ministro, Mateo Renzi, pode seguir em frente com a reforma constitucional no Senado, a fim de facilitar a aprovação de leis.
As pesquisas indicam com veemência o resultado "não" na votação, o que poderia acarretar na resignação de Renzi e dar a oportunidade ao partido populista Five Star Movement (M5S), contra a zona do euro, de ganhar reputação e influência.
As preocupações colocam pressão no euro, fazendo a moeda única perder terreno frente ao dólar e à libra nesta terça-feira.
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