Petrobras (SA:PETR4) dispara 8% desde a abertura na manhã desta quarta-feira em meio à expectativa por um acordo Opep, que impulsiona os preços do petróleo no mercado internacional.
Às 11h30, o papel preferencial da companhia era vendido a R$ 15,82, ganhos de 7,9%, recuando levemente após tocar os R$ 16,03 nos primeiros minutos de negociação. O patamar é o maior em uma semana para a ação que vem sofrendo com a volatilidade com os avanços da negociação da Opep. Em novembro, a ação flutuou entre a mínima de R$ 13,37 e a máxima de R$ 17,87. Os papéis ordinários (SA:PETR3) sobem 7,8%.
Os investidores seguem de olho nas negociações da Opep que tem hoje o seu dia decisivo após meses de conversas. Mais cedo, a expectativa pela iminência do anúncio de uma solução definitiva para cortar a produção para o intervalo pré-definido de 32,5 milhões a 33 milhões de barris/dia impulsionou as cotações, que chegaram a subir 8,5%.
Às 11h30, os contratos futuros de petróleo negociados nos EUA avançava 7,5%, aos US$ 48,55, enquanto o Brent subia 7,7% para US$ 51.
Ontem, o presidente Michel Temer sancionou o projeto de lei que retira da Petrobras a exclusividade para a operação dos campos do pré-sal. A proposta é vista com bons olhos pelo mercado, pois reduz a necessidade obrigatória de gastos nos desenvolvimentos dos futuros ativos.
Ainda nesta semana, o presidente da empresa, Pedro Parente, reafirmou a meta de desinvestir até US$ 15,1 bilhões neste ano. A companhia já anunciou cerca de US$ 11 bilhões e deverá concluir outras negociações nos próximos 31 dias, até o final de 2016.
Vale cai com minério de ferro
A Vale recua 2% nesta quarta-feira em meio a novo dia de forte volatilidade no minério de ferro na China. A commodity cedeu hoje quase 7% para a entrega imediata em Qingdao e voltou ao patamar de US$ 72/t.
A ação preferencial da mineradora (SA:VALE5) era negociada a US$ 25,80, -2,1%, enquanto a ordinária VALE3 (SA:VALE3) perdia 2,2% para R$ 28,54.
O papel da Vale disparou mais de 33% em outubro e 25% em novembro com a recuperação dos preços do minério, que deixaram a casa dos US$ 50/t para buscar os US$ 80/t na China. A commodity disparou com a forte valorização do carvão, o que fez com que as siderúrgicas chinesas aumentassem as compras de minério mais puro, entre eles, o da mineradora brasileira.
Ontem, a companhia anunciou a distribuição de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,166293936 por ação ordinária ou preferencial detida no final do pregão do dia 1º de dezembro, somando R$ 856,975 milhões.
A produção de minério de ferro para 2017 foi estimada para a faixa de 360 milhões e 380 milhões de toneladas em 2017, ante 340 milhões a 350 milhões em 2016, estacionando na faixa de 400 milhões a 450 milhões de toneladas anuais em 2020 e 2021. O investimento para o próximo ano ficará em US$ 4,5 bilhões.
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