O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (1º) em queda de 3,88%, a 59.506,54 pontos. É a maior queda percentual diária desde 2 de fevereiro deste ano, quando a Bolsa havia tombado 4,87%.
Com isso, a Bolsa acumula baixa de 3,33% na semana. No ano, porém, tem valorização de 37,27%. A Bovespa fechou novembro com baixa acumulada de 4,65%.
Puxaram o resultado da Bolsa hoje os desempenhos negativos das ações dos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Itaú Unibanco. Só os papéis do BB caíram mais de 6%.
Investidores estavam preocupados com incertezas na política brasileira (leia mais abaixo) e com os bancos. Mais cedo, a Polícia Federal deflagrou a oitava fase da operação Zelotes, com buscas em prédios do banco Itaú Unibanco. As buscas estão relacionadas a processos do BankBoston, que pertencia ao Bank of America e foi comprado pelo Itaú em 2006.
As ações da Petrobras e os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) da mineradora Vale também tiveram baixa. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Dólar salta 2,4% e fecha a R$ 3,46
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 2,4%, a R$ 3,46 na venda. É o maior valor de fechamento desde 16 de junho deste ano, quando o dólar havia fechado a R$ 3,47.
Com isso, a moeda norte-americana acumula alta de 1,61% na semana. No ano, tem queda de 12,15%. A moeda fechou novembro com valorização de 6,18%, o maior ganho mensal desde setembro de 2015.
Incerteza política no Brasil
Investidores estavam preocupados com a política brasileira. "O cenário político está conturbado, o que pressiona a moeda (norte-americana)", disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, à agência de notícias Reuters.
Ele se referia à tentativa frustrada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de aprovar urgência para votar o texto das dez medidas anticorrupção e que foram alvos de críticas pelo Ministério Público.
Renan está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, por crime de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato.
A situação política mais sensível preocupa os investidores porque pode atrapalhar a votação de importantes medidas econômicas no Congresso Nacional.
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