Veja as cinco principais coisas a saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 1º de dezembro:
1. Petróleo continua rali após acordo da Opep, lutando para atingir US$ 50
O intenso rali nos preços do petróleo continuou nesta quinta-feira, com os investidores avaliando o acordo de corte de produção mediado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O petróleo registrou escalada nesta quinta-feira após a Opep estabelecer acordo sobre seu primeiro corte de produção desde 2008, visando reduzir o excesso de oferta global que gerou desvalorização de mais de 50% à commodity desde meados de 2014.
Os preços do petróleo bruto continuaram em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, apesar do ceticismo dos analistas de que preços mais elevados possivelmente se converteriam em maior produção por parte de outros produtores que não fazem parte do acordo, especialmente as perfuradores de xisto americanas.
Os contratos futuros do petróleo bruto americano registraram alta de 1,11%, sendo negociados a US$ 49,99, às 9h, no horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent saltou 1,37%, cotado a US$ 52,55.
2. Setor industrial da China expande-se ao ritmo mais acelerado dos últimos 2 anos
O índice oficial de atividade dos gerentes de compras (PMI) da China elevou-se para 51,7 em novembro, partindo de 51,2 no mês anterior e acima da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração, no comparativo mensal.
O número atinge seu maior nível desde abril de 2012 e surpreende os analistas, que esperavam queda para 51.
Ainda assim, alguns analistas alertaram que o número positivo dos dados de novembro pode ser pontual, já que os resultados foram sustentados pelos investimentos em infraestrutura do governo e um boom nos imóveis residenciais que deu indícios de falta de fôlego.
3. Atividade industrial e pedidos de seguro-desemprego em pauta
Os EUA medirão a atividade do seu próprio setor fabril, com todas as atenções voltadas ao PMI industrial da ISM referente a novembro, às 13h, no horário de Brasília. Os analistas esperam um leve aumento para 52,2, frente a 51,9 do mês anterior.
Além disso, no calendário econômico, nesta quinta-feira, às 11h30, os pedidos de seguro-desemprego da semana serão o centro das atenções antes do relatório de emprego com divulgação marcada para esta sexta.
Estima-se que os dados de sexta-feira confirmarão a solidez do mercado de trabalho americano e consolidarão as expectativas de o Federal Reserve (Fed) proceder para uma normalização da política monetária na reunião de 13 e 14 de dezembro.
4. Dólar perde fôlego após atingir máxima de 9 meses e meio frente ao iene
A moeda americana ganhou muita força nesta quarta-feira, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo consolidar um acordo sobre o corte de produção da commodity, com o objetivo de combater o excesso de oferta global e sustentar os preços.
Além disso, Steven Mnuchin, escolhido do Presidente eleito, Donald Trump, para ficar à frente do Tesouro americano, não deu indícios de atuação sobre o forte dólar em seus primeiros comentários desde que foi nomeado ao cargo, dando aos investidores força renovada de compra da moeda americana.
No pregão da Ásia desta manhã, o par USD/JPY atingiu a máxima de nove meses e meio antes de inverter o movimento.
No pregão da Europa, o dólar permaneceu em queda moderada frente às principais moedas do mundo nesta quinta-feira, com os participantes do mercado aguardando para avaliar os dados do dia.
Após as 9h03 (horário de Brasília), o índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada das seis principais moedas do mundo, registrou ligeira queda de 0,32%, a 101,30, mantendo-se ainda próximo da máxima de 14 anos de 102,12.
5. Ações do mundo com resultados diversos após acordo da Opep e antes da divulgação do PMI da China e dos dados dos EUA
O mercado futuro americano sinalizou uma abertura em ligeira queda nesta quinta-feira, após a S&P publicar ontem seu melhor mês desde julho. Às 8h55, no horário de Brasília, o Dow futuro, que lista as principais empresas do mercado, caía 0,04%, o S&P 500 futuro operava em baixa de 0,15% e o Nasdaq 100 futuro avançava 0,2%.
As bolsas europeias abriram em baixa nesta quinta-feira, apesar do rali dos preços do petróleo, com a incerteza política na Itália ainda afetando a confiança do mercado.
Mais cedo, o índice referencial do Japão saltou mais de 2% nesta quinta-feira, antes de registrar leve retração, com as pesquisas industriais regionais conduzidas pela China superando as expectativas e com perspectivas otimistas um dia após a celebração do primeiro acordo de corte de produção da Opep desde 2008. O Nikkei 225 liderou os ganhos, fechando em alta de 1,12%.
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